quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Suplicy imita juiz de futebol ao pedir novamente a saída de Sarney

Em meio a gritos, protestos e cartões vermelhos, o Senado começa uma nova discussão. O Conselho de Ética que arquivou as denúncias contra José Sarney deve ser extinto ou modificado?

O senador Eduardo Suplicy ocupou a tribuna para, mais uma vez, pedir a saída do presidente do Senado José Sarney. E imitou juiz de futebol.

“Para que todos entendem apresentem o cartão vermelho. É isso, senhor presidente", declara o senador Eduardo Suplicy – (PT-SP).

A reação veio de um senador da oposição, que disse a Suplicy que ele faltava com a verdade.

“Senador Heráclito Fortes, vossa excelência não estará sendo justo comigo, não está agindo de maneira correta ao querer dizer que não fui sincero!”, diz Suplicy.

“Espere, calma!”, diz o senador Heráclito Fortes, (DEM-PI).

“To esperando!”, responde Suplicy.

“Zezinho, por favor, um suco de maracujá para o senador, urgente!”, diz Heráclito.

“Eu aqui bato na mesa, eu aqui coloco o cartão vermelho para vossa excelência", diz Suplicy.

“Vossa excelência não tem coragem de dar cartão vermelho ao Lula, para o país todo ver, não queira ser juiz de futebol, não é um exemplo pra vossa excelência", declara Heráclito.

Foi tanto bate boca, que o juiz, ou melhor, o presidente da sessão ameaçou encerrar. “Quem tá com o apito aqui sou eu”.

E em meio a gritos, protestos e cartões vermelhos, o Senado começa uma nova discussão. O Conselho de Ética que arquivou as denúncias contra José Sarney deve ser extinto ou modificado?

A oposição decidiu que do jeito que está não dá pra ficar. “Então, qual é o valor de você ser condenado ou absolvido por pessoas que estão ali pra fazer o jogo político? Eu não vejo nenhum valor", afirma Arthur Virgílio, (PSDB-AM), líder do PSDB.

Por isso, Democratas e PSDB abandonaram as cinco vagas que ocupavam no Conselho de Ética.

Pela proposta em discussão, o senador para fazer parte do novo Conselho de Ética não poderá ter processo criminal, nem responder por improbidade administrativa ou ter tido as contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas. Para o ex-presidente do Senado Garibaldi Alves, é muita qualidade para uma pessoa só. “Se estão atrás de um santo, não vão achar”.

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