quinta-feira, 4 de agosto de 2011

IBAMA EXECUTA FISCALIZAÇÃO EM CAIÇARA DO RIO DO VENTO.






O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) reforçou a fiscalização nos municípios de Caiçara do Rio do Vento, para garantir a postura das aves de arribaçã.
De março até hoje foram apreendidas cerca de 500 arribaçãs mortas. O prejuízo para os caçadores na Região apanhados foi grande: além de perderem três motos, duas bicicletas e até arreios de cavalos, receberam multas que somadas ultrapassam R$ 137 mil.
Quatro deles foram detidos em flagrante e responderão a processo por crime ambiental, cujas penas podem chegar a um ano e meio de detenção.


Airton de Grande/ascom/ibama
Acompanhado de um guia, fiscais do Ibama entram na mata em busca de caçadores que abatem arribaçãs em período de reprodução

As atividades de proteção às arribaçãs vão perdurar por pelo menos mais 30 dias, enquanto houver a formação de pombeiros. O Ibama recomenda a todos os cidadãos Caiçarenses para que não consumam arribaçãs ou qualquer tipo de caça. A aquisição desses animais abatidos é ilegal e sujeita os infratores a multas e penas de detenção até um ano.
O trabalho consiste em percorrer estradas, penetrar na mata fechada, montar campanas, sempre com o objetivo de impedir a entrada de caçadores, que se aproveitam da escuridão para matar, indiscriminadamente, filhotes e adultos dessas aves. A ação tem trazido bons resultados, pois as capturas diminuíram sensivelmente nessas áreas tradicionalmente visitadas pelas arribaçãs. “Quase não tivemos caçadores neste ano”, comemora o chefe do Escritório Regional do Ibama em Mossoró, Linduarte Lopes, que é também o coordenador das ações. Em anos anteriores, as apreensões de arribaçãs mortas pelos fiscais atingiam números impressionantes, que superavam milhares de unidades.
A proteção das áreas de postura, também conhecidas como “pombeiros”, está assegurando a ampliação da população de arribaçãs no RN. Um indicativo disso pode ser o surgimento de novos pombeiros, como o de Caiçara do Rio do Vento, proximo ao Assentamento, que ocupa uma área de 800 hectares. Segundo relatos de moradores, as arribaçãs não nidificavam no local há quase um século, desde 1917. Outros relatos dão conta de que as aves, por sofrerem menor estresse, estariam realizando diversas posturas num mesmo ano. Assim, bandos de arribaçãs que começaram a por em março, na Região, poderiam estar nidificando novamente em Caiçara do Rio do Vento, onde ainda há ovos eclodindo.Embora não esteja ameaçada de extinção, essa pequena ave sofre intensa pressão de caça, o que pode prejudicar seus estoques naturais. Segundo Linduarte Lopes, os caçadores invadem os pombeiros à noite, munidos de uma espécie de lamparina e um porrete. Com a luz, as aves ficam atordoadas e são abatidas a pauladas, sejam filhotes ou adultos – não há seletividade. É corrente entre os fiscais a história de um caçador que apanhava os filhotes com a mão e, para não perder tempo, os matava arrancando a cabeça com

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