Era uma manhã tranquila na pacata cidade de Timbaúba dos Batistas.
O padre Agripino estava em frente à igreja de São Severino Mártir quando viu passar uma garotinha de uns nove ou 10 anos, pés descalços, franzina, ar angelical, conduzindo umas seis ou sete cabras.
Com um esforço danado, a garotinha conseguia reunir as cabras e fazê-las caminhar.
Padre Agripino observava a cena e começou a imaginar se aquilo não era um caso de exploração de trabalho infantil.
Foi conversar com a menina.
- Olá, minha jovem. Como é o seu nome?
- Maria Batista de Araújo, seu padre.
- O que é que você está fazendo com essas cabras, Maria?
- É pro bode cobrir elas, seu padre. Tou levando elas lá pr'o sítio de seu João Batista.
- Me diga uma coisa, Maria, seu pai ou seu irmão não podiam fazer isso?
- Já fizeram... Mas num dá cria... Tem que ser um bode mesmo!
Nenhum comentário:
Postar um comentário