quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Quinta - 03/12/2009 - 09h40 "Mensalão do DEM" bate à porta de Henrique Alves

O líder do PMDB na Câmara, deputado federal Henrique Eduardo Alves, seria um dos beneficiários do "Mensalão do DEM", o esquema de desvio e distribuição de recursos públicos no governo do Distrito Federal. Veio à tona na "Operação Caixa de Pandora" da Polícia Federal.

O nome do parlamentar surgiu em mais uma gravação divulgada pela imprensa.

O jornal “Folha de São Paulo” mostra que Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal e delator do esquema de corrupção, aparece conversando com o empresário Alcir Collaço, dono do jornal Tribuna do Brasil (flagrado em vídeo colocando dinheiro na cueca), sobre a partilha de dinheiro para caciques peemedebistas.

Além de Henrique Eduardo Alves, outros nomes da cúpula do PMDB são citados como beneficiários do propinoduto de Brasília: o presidente da Câmara Federal, Michel Temer (SP) e os deputados federais Eduardo Cunha (RJ) e Tadeu Filippelli (DF).

No vídeo gravado pelo próprio Durval Barbosa, o ex-secretário afirma que o governador do DF José Roberto Arruda "dava um milhão por mês para Filippelli". O nome de Henrique Alves é citado a seguir pelo empresário Alcir Collaço, que menciona outro valor e detalha a suposta divisão:

- (...) É 800 pau [sic]. Quinhentos pro Filippelli, 100 para o Michel, 100 para Eduardo, 100 para Henrique Alves.

De acordo com a Folha, o vídeo foi entregue à Polícia Federal, mas não há menção na gravação a nenhum dos peemedebistas citados. Deputados federais só são investigados com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF).

Este não é o primeiro escândalo envolvendo o deputado federal Henrique Eduardo Alves. Em 2002, a ex-mulher do parlamentar, Mônica Infante de Azambuja, denunciou a existência de uma fortuna de US$ 15 milhões em nome do ex-marido no exterior.

Na época, Henrique Alves havia sido indicado pelo PMDB para ser o vice na chapa do tucano José Serra na disputa presidencial. Com a revelação de Mônica Azambuja, Henrique caiu em desgraça e terminou sendo substituído na chapa do PSDB.

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