segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Chuvas poderão ser abaixo da média nos primeiros meses de 2010

Reunidos esta semana que passou, em Campina Grande, fazendo análise e previsão climática para o Norte e Nordeste, com representantes do CPTEC/ INPE e INMET, os meteorologistas analisaram as condições de chuvas para a região e as condições meteorológicas dos oceanos e da atmosfera. Essas análises possibilitaram elaborar a previsão climática para o trimestre que vai de janeiro a março de 2010, para o semiárido nordestino.
Os dados observados mostram a continuidade da fase quente do fenômeno El Niño durante o mês de novembro de 2009. O fenômeno encontra-se na sua fase madura com intensidade moderada e previsão de permanecer até maio de 2010. Climatologicamente o mês de novembro é um período de chuvas escassas no Rio Grande do Norte e foi observado durante esse mês ocorrência de chuvas fracas na região de Mossoró, Seridó e Litoral Leste.

No Oceano Atlântico Tropical Sul observa-se que a temperatura da superfície do mar está dentro da normalidade, mas no Atlântico Tropical Norte, faixa das regiões Norte e Nordeste, há predomínio de temperatura em alta.
Desta forma, para o período de janeiro a março de 2010, o modelo climático indica tendência de chuvas variando de normal a abaixo da média histórica para o semi-árido do Rio Grande do Norte, que abrange as regiões Oeste, Central e grande parte do Agreste.

De acordo com os meteorologistas da Emparn, Gilmar Bristot e Ueliton Pinheiro, vale ressaltar que o clima semiárido do Rio Grande do Norte tem como característica “alta variabilidade espacial e temporal na ocorrência das chuvas”. Na prática significa que em algumas localidades poderão ocorrer chuvas em quantidade maiores e em intervalos de tempo menores do que em outras.
É importante lembrar também, frisam os meteorologistas, que a probabilidade de ocorrência de sistemas meteorológicos durante os meses de janeiro e fevereiro é bastante expressiva e aumenta em anos de atuação do fenômeno El Niño. “Esses sistemas, que contribuem para a ocorrência de chuvas principalmente no interior do Nordeste, só podem ser previstos através do acompanhamento diários do tempo, por isso a necessidade do acompanhamento da previsão diária do tempo”, explicou Bristot.

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