terça-feira, 24 de agosto de 2010

Laudo diz que preso morreu de maneira violenta


Acusado de decapitar esposa faleceu no Giselda Trigueiro. Família acredita que ele tenha sido torturado
Fotos feitas pela irmã do homem mostram lesões Foto: Carlos Santos/DN/D.A Press
O laudo do Instituto Técnico e Científico de Polícia (Itep) sobre a morte do homem que supostamente matou e decapitou a esposa na frente dos dois filhos do casal no dia 30 de junho, na Zona Norte, atesta que a causa foi uma hemorragia intracraniana provocada por ação de um objeto contundente. O preso morreu no domingo no Hospital Giselda Trigueiro, onde estava internado desde o dia 14 deste mês após dar entrada com pneumonia e febre. O documento também atesta que o homem, que confessou o crime e foi preso em isolamento na Penitenciária de Alcaçuz, tinha várias queimaduras de primeiro, segundo e terceiro graus pelo corpo e estava sem algumas unhas. A diretora do hospital, Milena Martins, limitou-se a dizer que as causas de morte devem ser apontadas pelo Itep. A direção do presídio nega que tenha havido agressões por parte de policiais, agentes penitenciários ou outros presos. O Conselho Penitenciário do Rio Grande do Norte informou que vai colocar o caso em pauta. A família acredita que o preso foi torturado até a morte. Os nomes do preso e de seus familiares foram preservados por orientação do Ministério Público.
Vítima foi velada ontem na casa de sua mãe e enterrada no Bom Pastor I Foto: Carlos Santos/DN/D.A Press
As informações da diretoria do Hospital Giselda Trigueiro, onde ele estava internado desde o último dia 14, afirmam que o paciente chegou em estado grave com um quadro de pneumonia e febre e morreu nesse domingo. O corpo foi enviado ao Itep. O laudo do Itep relata o que aconteceu com o preso desde a saída do presídio até a morte na Giselda Trigueiro. Conforme a solicitação de necropsia feita pelo hospital, o paciente veio trazido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) do Hospital Deoclécio Marques. O preso chegou ao Giselda com rebaixamento do nível de consciência, diversas lesões cutâneas e escoriações. "Por se tratar de um óbito de causa suspeita, encaminho para o Itep", concluía o documento assinado pelo infectologista da unidade, Roberto Medeiros.

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