domingo, 2 de janeiro de 2011

Município Edição de domingo, 2 de janeiro de 2011 Hospital de Goianinha pode fechar as portas Medida deve ser tomada em 60 dias, caso a Sesap não f

O hospital de Goianinha, cidade localizada na Região Agreste do Estado, corre o risco de fechar suas portas nos próximos 60 dias caso a Secretaria do Estado da Saúde Pública (Sesap) não firme convênio com a prefeitura. Municipalizado há cerca de 18 anos, o hospital não conta com recursos de convênios através da Sesap. Fato que dificulta a administração da unidade e que se não for modificado urgentemente, a população de Goianinha e municípios circunvizinhos podem enfrentar um sistema de saúde ainda mais precário.

A unidade dispõe de apenas um médico clínico geral por dia para atender todos os procedimentos básicos Foto:Gabriel Salina/Divulgação/D.A Pr/D.A Press
O hospital dispõe de apenas um médico clínico geral por dia para atender os procedimentos básicos do município. Porém, de acordo com o prefeito Júnior Rocha, os profissionais estão se sentindo sacrificados pela demanda dos últimos meses. "Os médicos já falaram que se essa situação perdurar não vão continuar no hospital. E o pior é que o município só tem como manter o hospital pelos próximos 60 dias".

O aumento da demanda nos últimos meses, especialmente das cidades próximas, é o principal motivo parao crescente número de atendimentos no hospital. Segundo o prefeito Júnior Rocha, o poder executivo municipal tem enfrentado sérias dificuldades para manter a unidade em pleno funcionamento. Para o custeio do hospital a prefeitura tem que arcar com uma média de R$ 195 mil. Ou seja, 38% do repasse encaminhado pelo Fundo de Participação dos Municípios (FPM) que é de R$ 513 mil.

Segundo os dados da Secretaria Municipal de Saúde a média de atendimentos por dia no hospital triplicou passando de 60 para 180. A unidade foi municipalizada quando a cidade tinha apenas 12 mil habitantes, contudo atualmente a população da cidade é de 22 mil, segundo o IBGE. O hospital conta apenas com recursos das Autorizações de Internação Hospitalar como fonte de recursos que, segundo o prefeito, em novembro o repasse foi de apenas R$ 4 mil.

Na avaliação do prefeito, a duplicação da BR-101 foi outro motivo que intensificou o número de atendimentos no hospital. "Nossa ambulância tem que levar os feridos ao Walfredo Gurgel e a maca fica presa várias horas sem poder voltar ao município".

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