A polícia levou cinco testemunhas nesta quarta-feira, dia 30, à boate Kiss, em Santa Maria, Rio Grande do Sul, para
realizar uma reconstituição do incêndio que matou 235 pessoas na madrugada de
domingo, dia 27.
“Foi uma breve reconstituição com objetivo de esclarecer algumas dúvidas
que estão surgindo no inquérito. Todos afirmaram que o fogo começou no mesmo
lugar, no teto, do lado direito do palco, onde o vocalista da banda fazia o
show pirotécnico”, afirmou ao G1 o delegado Sandro Meinerz, um dos responsáveis
pela investigação. “Todos os indícios apontam que o sputnick [sinalizador]
causou o incêndio.”
De acordo com a Polícia Civil, além de serem unânimes em apontarem a origem do fogo, as testemunhas também
disseram que o extintor ao lado do palco foi acionado, mas não
funcionou e a fumaça demorou entre 40 segundos e um minuto para tomar conta de
toda a boate.
“Certamente, a
espuma funcionou facilitando a propagação rápida da fumaça porque não era da
especificação adequada para o revestimento do local. A espuma foi trocada na
metade do ano. Um funcionário que admitiu isso à polícia”, disse. “Foi feito de
forma amadora e ingênua”, acrescentou o delegado regional, Marcelo Arigony.
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