Um paciente vítima do incêndio na
Boate Kiss, em Santa Maria, piorou o quadro de saúde e passou para protocolo de
morte encefálica. De acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, Gustavo
Marques Gonçalves tem 70% do corpo queimado e terá a morte encefálica
confirmada nas próximas horas se não responder aos exames que estão sendo
feitos no Hospital de Pronto Socorro (HPS) em Porto Alegre. A família do rapaz
já foi informada da notícia, segundo o ministro.
Além de Gonçalves, mais 74 pacientes
estão em estado crítico, com risco de morte. Ao todo, 81 pacientes estão em
unidades de terapia intensiva (UTIs) em Porto Alegre ou Santa Maria. Segundo o
ministro, algumas vítimas tiveram melhora na condição geral e saíram das UTIs e
outras, que apresentaram sintomas tardios de pneumonite química, tiveram piora e
precisaram entrar em ventilação mecânica.
Hoje, de acordo com Padilha, três
pessoas procurara a unidade de pronto atendimento de Santa Maria com sintomas
de falta de ar, cansaço e tosse e estão internadas em observação. O número
total de pessoas internadas subiu de 118 para 123 desde ontem. Uma paciente que
trabalhava no bar da boate e conseguiu se salvar do incêndio foi para casa se
sentindo bem, mas passou mal no domingo e foi internada. Ela precisou ser
removida para Porto Alegre e chegou a entrar na UTI. A paciente melhorou e saiu
da unidade intensiva.
“Por isso que nós insistimos que as
pessoas que estiveram no incêndio e se sentirem mal, ainda que um pouco
cansadas, devem procurar uma unidade de atendimento para serem examinadas por
um médico. A pneumonite química evolui rapidamente e o paciente pode precisar
de uma UTI”, disse o ministro. Existem 30 leitos de terapia intensiva
reservados em Santa Maria para casos que evoluam nos próximos dias.
O ministro também confirmou que o
número correto de pessoas mortas no momento do incêndio foi 234, e não 231 como
vinha sendo divulgado. O erro na contagem foi observado pelo Instituto Geral de
Perícias Regional de Santa Maria e confirmado ao Ministério da Saúde pela
Defesa Civil do Estado do Rio Grande do Sul. Padilha, no entanto, ressaltou que
não se tratam de pessoas que morreram nos hospitais nos últimos dias e sim de
três nomes que não haviam sido incluídos desde o primeiro dia na lista oficial
de mortos.
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