quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Mãe anoréxica pesa menos que filha de sete anos

Olhando de relance a imagem acima, você poderia dizer que as duas mocinhas da foto são irmãs. No entanto, elas são, na verdade, mãe e filha. A britânica Rebecca Jones, de 26 anos, depois de sofrer de anorexia durante a metade de sua vida, pesa hoje 37,4 quilos, cinco a menos que a pequena Maisy, de 7 anos. As informações são do site do jornal britânico “Daily Mail” desta terça-feira (8).
A secretária se alimenta apenas com torradas, sopas e bebidas energéticas, apesar de os médicos advertirem que a falta de nutrientes pode matá-la. Contudo, incentiva a filha a ingerir chocolates e bolos. "Vestir as mesmas roupas que Maisy me dá uma sensação de orgulho. É errado, mas me faz sentir bem. Eu não acho que eu estou magra - eu sempre me vejo como maior”, revelou ao jornal.
O distúrbio alimentar de Rebecca teve início após o divórcio de seus pais, quando tinha apenas 11 anos. Inicialmente, passou a comer demais. Mas isso fez com que ela perdesse a autoconfiança. Então, aos 13, praticamente parou de comer. E depois de uma drástica perda de peso, passou a receber elogios dos colegas. “Minha mãe pensou que eu tinha perdido minhas gordurinhas, que eu era mais feliz”, disse.
No entanto, o peso de Rebecca rapidamente caiu para 50,8 quilos e sua menstruação parou. “Eu estava tão frágil que, as vezes, não conseguia sair da cama”, conta.
A britânica conheceu o pai de Maisy aos 19 anos, quando estudava na Universidade de Manchester. Ela acreditava que a anorexia a tinha deixado estéril e só notou que estava grávida quando sentiu um pontapé na barriga. Então, fez o exame e descobriu que estava grávida de 26 semanas. "Eu não tinha ideia. Eu ainda estava muito magra”, afirmou.
Os médicos, então, tentaram convencê-la a ingerir proteínas e a tomar vitaminas para não prejudicar o bebê. "Meu namorado também tentou me fazer ingerir alimentos, mas meu estômago estava tão acostumado a comer pequenas quantidades que a alimentação adequada me deixava enjoada”.
A solução foi passar o restante da gestação com uma dieta a base de pão e beterraba. A secretária não pôde amamentar o bebê, que nasceu abaixo do peso, porém saudável.
Rebecca revela que, atualmente, divide as roupas com a filha. “As saias da Maisy se encaixam perfeitamente. Também compartilhamos camisetas e calças”. A britânica afirma, ainda, que gosta de ver a filha saborear bolos, batatas fritas e pizzas. “Eu disse a ela que tenho distúrbio alimentar e que isso é uma coisa ruim”.
No início deste ano, exames revelaram que a secretária está com níveis de potássio baixíssimos, uma condição conhecida como hipocalemia, que provoca fraqueza muscular extrema. Ela, agora, passa por monitoramentos cardíacos regulares. Se não ganhar peso com urgência, os médicos alertam que ela corre o risco de um ataque cardíaco fulminante. “Estou apavorada. Eu não vou ver a Maisy crescer. Eu adoraria comer. Não consigo pensar em nada melhor do que sair para almoçar com ela, mas não consigo”, disse.






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