segunda-feira, 18 de abril de 2011

POESIA DA SEMANA


Pelos olhos das estrelas Estou a registrar sentimentos coletivos. Estou na multidão de desejos coloridos, Mas nenhum vivente me enxerga! Escrevo o que me vejo nos outros. Exponho meus sonhos aos poucos, Mas nenhum vivente me enxerga! Ponho-me nos beijos dos namorados. Sento-me no lugar dos convidados, Mas nenhum vivente me enxerga! Porque quase ninguém tem tempo; Quase ninguém é sempre um poeta; Quase ninguém está de alma aberta; Quase ninguém tem no coração Um espaço de descoberta! Antes de o galo cantar no clarão da manhã, Essa ingratidão me negará três vezes. E somente a leveza da inspiração; E somente a ressurreição da poesia Estará a me fazer companhia. Porque quase ninguém tem tempo; Porque quase ninguém se presta Aos sentimentos de um poeta!

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