Em uma coletiva de imprensa na tarde desta quinta-feira
(13), o diretor geral do Hospital Miguel Couto, Luiz Alexandre Assinger e o
médico responsável pela cirurgia, Alexandre Azevedo, falaram sobre o estado de
saúde do operário Francisco Bento Barroso, de 47 anos, que teve o pescoço
perfurado por um vergalhão após cair de uma laje. O acidente ocorreu na
quarta-feira (12).
Segundo os médicos, Francisco está lúcido, sendo medicado
com antibióticos e permanece em observação. Conforme informou Alexandre, o
vergalhão atingiu pequenos nervos da face, que estão comprometendo o perfeito
funcionamento da mastigação da vítima. O médico ressaltou, contudo, que
acredita que esta dormência deve ser passageira e deve estar sendo causada pelo
edema no local.
De acordo com Alexandre Azevedo, a imagem é mais impactante
do que a cirurgia em si. Ele explicou que a cirurgia consiste em isolar as
lesões que o vergalhão poderia causar e retirar o objeto em posição direta.
"Após 2 horas de cirurgia para retirada do vergalhão,
ele foi encaminhado para unidade de internação semi intensiva. Ele deve ficar 4
dias lá e não tem previsão de alta", informou Assinger que afirmou que
ainda há risco de infecção.
Ainda de acordo com o médico, o vergalhão estava encostado
na jugular e à 2 cm da carótida. Se tivesse causado lesão na artéria, Francisco
poderia ter morrido de hemorragia, conforme informou Alexandre.
Fazendo uma comparação com o caso de Eduardo Leite, de 24
anos, que também sobreviveu após um vergalhão de 2 metros atravessar sua
cabeça, Assinger afirmou que os dois casos tem complexidades similares já que o
pescoço também é uma região onde "não sobra espaço".
A dificuldade no caso do vergalhão de Francisco, porém, foi
devido ao seu tamanho, segundo informou Alexandre, uma vez que ele não podia
deitar na maca, já que o vergalhão atravessava a nuca
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