O imenso silêncio da igreja caminha sobre tetos vazios
Como anjos invisíveis e místicos.
O olhar recolhe seus suspiros enlouquecidos
E oferta ao repouso dos sinos.
O púlpito guarda o contorno dourado de um sermão.
Senhor, ofereça-me em tua força
As vozes dessa penumbra angelical,
A solidão da sacristia, o incenso perdido
Nos enormes labirintos de enigmas,
A tranqüilidade mágica da presença de ninguém.
Alguém me persegue,
Todos os coros rezam sem voz,
Descrevem as antigas e audíveis paredes,
Aumenta a sombra para cima alcançando a abóbada,
E dessa forma sigo e reflito seu sigilo vaticano,
O barroco como arte, segredos de portas,
Candelabros, velas esquecidas,
Suspiros de imagens,
A esperança da devoção
Num deserto de mistérios.
Canindeoguerreiro.blogspot.com
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